Rapidinha

domingo, 2 de outubro de 2011

BULLYING- informar para prevenir!

BULLYING - ORIENTAÇÃO PARA PAIS E PROFESSORES



O que é o Bullying?
Esse termo não tem um correspondente em português. Em inglês refere-se à atitude de um bully (valentão). Objeto de estudo pela primeira vez na Noruega, o bullying é utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica contra alguém em desvantagem de poder, sem motivação aparente e que causa dor e humilhação a quem sofre. É uma das formas de violência que mais cresce no mundo e pode acontecer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, entre vizinhos e em locais de trabalho. Identificamos casos de bullying em escolas das redes pública e privada, rurais e urbanas e até mesmo com crianças de 3 e 4 anos, ainda no Ensino Infantil.
O levantamento realizado pela ABRAPIA, em 2002, envolvendo 5875 estudantes de 5a a 8a séries, de onze escolas localizadas no município do Rio de Janeiro, revelou que 40,5% desses alunos admitiram ter estado diretamente envolvidos em atos de bullying, naquele ano, sendo 16,9% alvos, 10,9% alvos/autores e 12,7% autores de bullying.
Os meninos, com uma freqüência muito maior, estão mais envolvidos com o bullying, tanto como autores quanto como alvos. Já entre as meninas, embora com menor freqüência, o bullying também ocorre e se caracteriza, principalmente, como prática de exclusão ou difamação.
Por não existir uma palavra na língua portuguesa capaz de expressar todas as situações de bullying possíveis, o quadro, a seguir, relaciona algumas ações que podem estar presentes: colocar apelidos, humilhar, ofender, zoar, discriminar, bater, chutar, empurrar, gozar, perseguir, aterrorizar, perseguir, assediar, difamar, quebrar pertences, dominar, tiranizar, entre outros comportamentos.
ORIENTAÇÕES PARA A FAMÍLIA E A ESCOLA:
Aos pais

Se você for informado de que seu(sua) filho(a) é um(a) autor(a) de Bullying, converse com ele(a) e:

• Saiba que ele(a) está precisando de ajuda.

• Não tente ignorar a situação, nem procure fazer de conta que está tudo bem.

• Procure manter a calma e controlar sua própria agressividade ao falar com ele(a). Mostre que a violência deve ser sempre evitada.

• Não o(a) agrida, nem o(a) intimide; isso só iria tornar a situação ainda pior.

• Mostre que você sabe o que está acontecendo, mas procure demonstrar que você o(a) ama, apesar de não aprovar esse seu comportamento.

• Converse com ele(a): procure saber porque ele(a) está agindo assim e o que poderia ser feito para ajudá-lo(a).

• Garanta a ele(a) que você quer ajudá-lo(a) e que vai buscar alguma maneira de fazer isso.

• Tente identificar algum problema atual que possa estar desencadeando esse tipo de comportamento. Nesse caso, ajude-o(a) a sair disso.

• Com o consentimento dele, entre em contato com a escola; converse com professores, funcionários e amigos que possam ajudá-lo(a) a compreender a situação.

• Dê orientações e limites firmes, capazes de ajudá-lo(a) a controlar seu comportamento.

• Procure auxiliá-lo(a) a encontrar meios não agressivos para expressar suas insatisfações.

• Encoraje-o(a) a pedir desculpas ao colega que ele(a) agrediu, seja pessoalmente ou por carta.

• Tente descobrir alguma coisa positiva em que ele(a) se destaque e que venha a melhorar sua auto-estima.

• Procure criar situações em que ele(a) possa se sair bem, elogiando-o(a) sempre que isso ocorrer.

Aos diretores, coordenadores e professores das escolas


Se vocês desejam reduzir o Bullying dentro das escolas , aqui vão alguns conselhos para lidar com isso:

• Desde o primeiro dia de aula, avisem aos alunos que não será tolerado Bullying nas dependências da escola. Todos devem se comprometer com isso: não o praticando e avisando à direção sempre que ocorrer um fato dessa natureza.

• Promovam debates sobre Bullying nas classes, fazendo com que o assunto seja bastante divulgado e assimilado pelos alunos.

• Estimulem os estudantes a fazerem pesquisas sobre o tema na escola, para saber o que alunos, professores e funcionários pensam sobre o Bullying e como acham que se deve lidar com esse assunto.

• Convoquem assembléias, promovam reuniões ou fixem cartazes, para que os resultados da pesquisa possam ser apresentados a todos os alunos.

• Facultem a oportunidade de que os próprios alunos criem regras de disciplina para suas próprias classes. Essas regras, depois, devem ser comparadas com as regras gerais da escola, para que não haja incoerências.

• Da mesma maneira, permitam que os alunos busquem soluções capazes de modificar o comportamento e o ambiente.

• Sempre que ocorrer alguma situação de Bullying, procurem lidar com ela diretamente, investigando os fatos, conversando com autores e alvos. Quando ocorrerem situações relacionadas a uma causa específica, tentem trabalhar objetivamente essa questão, talvez por meio de algum projeto que aborde o tema. Evitem, no entanto, focalizar alguma criança em particular.

• Nos casos de ocorrência de Bullying, conversem com os alunos envolvidos e digam-lhes que seus pais serão chamados para que tomem ciência do ocorrido e participem junto com a escola da busca de soluções.

• Interfiram diretamente nos grupos, sempre que isso for necessário para quebrar a dinâmica de Bullying. Façam os alunos se sentarem em lugares previamente indicados, mantendo afastados possíveis autores de Bullying, de seus alvos.

• Conversem com a turma sobre o assunto, discutindo sobre a necessidade de se respeitarem as diferenças de cada um. Reflita com eles sobre como deveria ser uma escola onde todos se sentissem felizes, seguros e respeitados.

Fonte: Programa de Redução do Comportamento Agressivo Entre Estudantes - ABRAPIA


Mirian Kedma Marques Pereira
CRP 06/96324